pelos 30!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Não como nós...


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>>> Quando acordei, Lins já havia saído, percebi sua cama toda desforrada. Olhei o horário no note: 2 horas da tarde. Puta merda! Perdi uma manhã inteira, ou melhor, perdi os passos de Lins. Como falar do que lhe ocorrera desde cedo?

Voltei ao meu quarto, estava colado no espelho um bilhete: Fui ao cemitério, volto à tarde. Tem leite, queijo e ovos no congelador, alimente-se bem! Puta merda, repeti! O que houve com Lins? Pirou de vez? Onde já se viu em dia de Tiradentes se fazer visitas a cemitérios? Outra coisa: congelador é lugar para serem postos estes alimentos?

Voltei ao note e vi esparramadas, no desktop, 20 fotos de Alanis Morissette e um vídeo do clip Not as we. Concluí: hoje ele esforçou-se para não chorar, não sei se conseguiu.

Quando tinha 18 anos, Lins apaixonou-se pela primeira vez. Naquela época, quis viver em cada  vão momento, e em seu louvor quis espalhar seu canto, e rir seu riso e derramar seu pranto, ao seu pesar ou ao seu contentamento. Foi infeliz por não viver o tal momento já que seu amor partira em dia de Tiradentes. Sua mãe tomou raiva de Alanis, pensava ela que a música da canadense empurrava-o cada vez mais para dentro de si mesmo, fechando-se para o mundo. Tudo foi uma fase. Lins já não é mais o mesmo... bem, eu achava que ele havia se curado da paixão que o torturava, mas hoje tenho aqui minhas dúvidas.

13 comentários:

  1. não é atoa que essa música me arrancou lagrimas no show que vi dela, é muito suave e cortante, o recomeço depois de um fim de um romance.

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  2. Valeu a visita.

    Mantenha a telepatia.

    Braços.

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  3. Olá, Petro, obrigado pela visita. Pois é, vc é sortudo que vai estar ao lado de "Drummond", diga a ele que adoro "Consolo na Praia" e que este poema parece ter sido feito só pra mim, para todas as fases da minha vida. Adorei o seu texto, leve, mas com um toque russo, um humor mais fino, me lembrou até uns contos de Tchekhov. Abração e apareça!

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  4. Olá meu caro, assim como você supõe para ti, eu acredito que as paixões não têm cura, superação ou qualquer outra coisa, nós vivemos tentando ser mais fortes para a dor parece menor, mas nem sempre acontece, o máximo que conseguimos é trancá-la dentro de nós, escondê-la, e amanhã ou depois, ou quando acontece algo ela reaparece... Adoro essa música, nesses momentos é ótima, mas para desabafar, sem esforço nenhum para segurar as lágrimas... Abraço e bom findi!

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  5. As incontornáveis coisas do coração. Penso saber bem do que o tal do Lins lhe assegurou às vistas. Coisas que nos permitem humanos.

    Gostei daqui, sigo.
    Carinho. Continuemos...

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  6. Pois é, Charles...há músicas que marcam, às vezes preferimos não ouvi-las, outras, seria melhor se elas não tivessem fim. Valeu pela visita...Lins sentiu-se mais animado. Abç

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  7. Grande Amaral, retribuo o carinho. abç

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  8. Luis, po'deixar que dou recado ao Drummond.
    Valeu pela visita...gosto de seu blog, muito rico. abç
    Petro

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  9. Renato, valeu...vc está certíssimo...pedi para que Lins me dissesse o que lhe passara, mas ele disse para ti ouvir.
    Bon week-end pour toi aussi, mon chèr!

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  10. Germano, se vc sabe bem...por que não contou ao Lins?
    Ele precisa de apoio certas horas...abraço.

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  11. A primeira paixão...ahhhh ela sempre deixa marcas profundas...faz de uma música eterna...que por mais força que façamos ela sempre retorna, pra revirar nossas lembranças...enlouquecer nossos sentidos...reviver nossos sentimentos...por vezes ela traz alegria em sua melodia...por outras saudade de doer, em outras traz saudade boa do que vivemos...
    A música que Lins escolheu pelo que me parece é a que traz melodia de saudade daquela que faz doer...mas tudo o que é bom marca...são coisas da vida...o jeito é lembrar do que foi bom e escutar a mesma música tentando dar outro sentido para a melodia da saudade que ela lhe remete e tentar sentir a saudade da boa...dos bons momentos vividos e que serão únicos e especiais...Tentei me aproximar de Lins, não sei se consegui...mas espero que minhas palavras quando transmitidas à ele possam ajudar...
    Abraço!

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  12. Gê, há pouco pedi que o Lins lesse seu comentário...ele ficou enfurecido, ele se sente ameaçado quando alguém o tentar compreender. Pegou um lápis e papel e começou a escrever, vai saber...será que é para você?
    Abraço,
    P.

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  13. obrigado pela visita e pelo comentário
    grande abraço

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